MENU
OUVIR

Arterite Viral Equina

A arterite viral equina (AVE) é uma doença contagiosa dos equideos causada pelo vírus da arterite equina (VAE), vírus ARN do género Arterivirus, da família Arteriviridae. Este vírus está presente em populações de cavalos de vários países de todo o mundo, tendo-se registado um aumento da incidência da doença nos últimos anos devido ao aumento das deslocações de cavalos e também de sémen.
O vírus não constitui qualquer risco sanitário para os humanos.
A doença é transmitida por contato direto (via respiratória e via genital), por contacto indireto (inseminação artificial) e/ou por via congénita.
A transmissão por via respiratória é mais importante durante a fase aguda de infeção.
A maioria das infeções contraídas de forma natural é subclínica. Quando aparecem, os sinais clínicos da AVE variam em extensão e gravidade. A doença caracteriza-se principalmente por febre, depressão, anorexia, edema distal, sobretudo nas patas, escroto, prepúcio, conjuntivite, reação cutânea tipo urticária, abortos, e, em raras ocasiões, pneumonia fulminante e enterite ou pneumenterite em poldros jovens. Geralmente os cavalos afetados recuperam por completo do ponto de vista clínico. Uma percentagem variável de garanhões infetados mantém-se como portador crónico, o que não ocorre com as éguas, os cavalos castrados e os potros sexualmente imaturos.
O período infeccioso da arterite viral equina é de 28 dias para todas as categorias de equídeos, exceto no caso dos garanhões em que a infecciosidade pode permanecer por toda a vida.
No caso específico dos garanhões com anticorpos deve ser verificado se são eliminados vírus no sémen. Clinicamente a AVE não pode diferenciar-se de outras doenças equinas de tipo respiratório e sistémico. O diagnóstico da infeção por VAE baseia-se em provas laboratoriais e no isolamento do vírus, na deteção de antígeno vírico ou ácido nucleico, ou na resposta de anticorpos específicos.
Em caso de confirmação da doença os detentores/proprietários dos equídeos infetados devem aplicar medidas de biossegurança de modo a prevenir a transmissão da infeção, nomeadamente através do isolamento dos animais e no caso de garanhões, garantir que os mesmos não sejam utilizados para reprodução e/ou sejam castrados.

Informações técnicas:

  • Ficha do manual da Organização Mundial de Saúde Animal – WOAH (ver)

© 2024 | Direção-Geral de Alimentação e Veterinária

Skip to content