MENU
Febre do Nilo Ocidental
A Febre do Nilo Ocidental (FNO) é uma doença causada por um flavivirus, o vírus do Nilo Ocidental, relacionado com as encefalites equinas.
A doença é transmitida por mosquitos, sendo sensíveis as Aves Selvagens, os Equídeos e o Homem.
Qualquer suspeita de doença deve ser reportada à DGAV. A DGAV recomenda a vacinação dos cavalos na zona de risco.
Informação técnica:
A FNO, é uma doença causada por um arbovírus da família Flaviviridae do género Flavivirus que afeta principalmente aves, embora também possa afetar mamíferos, podendo causar doenças tanto em equídeos como em seres humanos.
É transmitida pela picada de um vetor artrópode, geralmente mosquitos do género Culex (C. pipien, C. modestus e C. perexiguus na Europa) infetado. O vírus da FNO (VFNO) é um vírus de ácido ribonucleico (RNA) de cadeia positiva envelopado pertencente ao sero-complexo da encefalite japonesa (género Flavivirus, família Flaviviridae).
A FNO é uma zoonose, sendo as espécies suscetíveis os equídeos, gansos, patos (em estudo) e as aves selvagens. Algumas aves selvagens são mais suscetíveis ao vírus que outras, nomeadamente os corvídeos. Os gansos também são espécies de risco, mas as outras aves domésticas não apresentam grande suscetibilidade a este vírus.
As aves selvagens são hospedeiros primários da FNO, mantendo-se o vírus em circulação pelo ciclo de transmissão mosquito-ave selvagem-mosquito, enquanto que os equídeos e os seres humanos são hospedeiros finais do vírus, Algumas Aves Selvagens como os Corvídeos, são mais suscetíveis ao vírus que outras, nomeadamente os corvídeos. Ver fotos.
Os gansos também são espécies de risco, mas as restantes aves domésticas não apresentam grande suscetibilidade.
Os mosquitos ficam infetados quando picam uma ave selvagem contaminada com o vírus. Os mosquitos infetados acidentalmente podem também transmitir a doença aos equídeos, que à semelhança dos seres humanos, podem manifestar sintomas, mas não têm relevância na transmissão da FNO.
Os equídeos infetados podem apresentar sinais ligeiros de doença, mas alguns podem desenvolver sintomas neurológicos graves que podem ser fatais.
A FNO apareceu pela primeira vez na Europa, em França em 2000, após uma ausência de 35 anos. Posteriormente foi também confirmada em diversos países da Europa
Situação em Portugal nos últimos 10 anos
| Focos de FNO detetados em Portugal desde 2015 | ||
| Ano | Região | N.º de focos |
| 2015 | Alentejo | 3 |
| Algarve | 5 | |
| 2016 | Alentejo | 1 |
| Algarve | 4 | |
| 2017 | Lisboa e Vale do Tejo | 2 |
| Alentejo | 1 | |
| 2018 | Alentejo | 1 |
| 2019 | Algarve | 3 |
| 2020 | Centro | 1 |
| Alentejo | 1 | |
| 2021 | Lisboa e Vale do Tejo | 1 |
| Alentejo | 1 | |
| Algarve | 2 | |
| 2022 | Alentejo | 3 |
| 2023 | Lisboa e Vale do Tejo | 12 |
| Alentejo | 3 | |
| 2024 | Lisboa e Vale do Tejo | 9 |
| Alentejo | 22 | |
| Algarve | 1 | |
| 2025 | Lisboa e Vale do Tejo | 4 |
| Alentejo | 8 | |
Consulte aqui o Plano de Vigilância Passiva e Ativa 2026-2028, que tem por objetivo a deteção precoce e a monitorização da circulação do vírus da FNO, bem como a obtenção de informação para valorizar o risco de aparecimento da doença, e a necessidade de implementar medidas de luta específica quando necessário.
As medidas de vigilância assentam essencialmente na avaliação clínica, epidemiológica e serológica dos animais, designadamente das aves selvagens e dos equinos, bem como a sensibilização dos médicos veterinários para a vigilância clínica da doença.
As medidas de vigilância assentam essencialmente na avaliação clínica, epidemiológica e serológica dos animais, designadamente das aves selvagens e dos equinos, bem como a sensibilização dos médicos veterinários para a vigilância clínica da doença.
Considerando a existência de vacinas inativadas contra o vírus do Nilo Ocidental, a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária autoriza assim a vacinação voluntária em todo o território continental, desde que solicitada caso-a-caso pelo médico veterinário assistente da exploração, e mediante o cumprimento dos requisitos determinados no Manual de Procedimentos.
Modelos do Manual de Procedimentos para Vacinação FNO:
- Resenho Oficial de Identificação
- Mod. 907/DGAV (Febre do Nilo Ocidental – Declaração de vacinação).
- Mod. 908/DGAV (Febre do Nilo Ocidental – Requerimento para autorização de utilização de vacina).
- Mod. 909/DGV (Febre do Nilo Ocidental – Mapa de registo de vacinação).
- Lista de vacinas autorizadas ver.
Informação técnica:
- Febre do Nilo Ocidental – Medidas Preventivas
- Nota informativa
- Mod. 867/DGAV -FNO -Formulário de requisição laboratorial para monitorização em equídeos
- Mod. 868/DGAV – FNO -Formulário de requisição laboratorial para monitorização em cadáveres de aves selvagens
- Ficha técnica da Organização Mundial para a Saúde Animal
- Folheto de divulgação
Apresentação no VI Encontro de Formação OMV – 13 dezembro 2015 – Ver
Doenças dos Equídeos
Nota técnica_Outubro2022