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Abelhas

Ao longo de milhares de anos a abelha evoluiu sendo reconhecidas quatro subespécies de acordo com grandes áreas geográficas: Africa, Europa ocidental, Europa oriental, Asia e Península Ibérica. Em Portugal o tipo de abelha predominante é a abelha Apis mellifera iberiensis, resultante da mistura de genes ibéricos” e “africanos”. Esta é uma das principais conclusões do primeiro estudo genético de colónias de abelhas existentes em Portugal liderado por investigadores do Instituto Politécnico de Bragança e em que foram identificados 16 haplótipos com origem africana. Assim torna-se mais provável a hipótese de uma colonização antiga da Península Ibérica também por enxames africanos, sendo considerado menos plausível que esta diversidade genética se explique pelas trocas de abelhas promovidas pela apicultura.

O mel é o produto mais conhecido dos consumidores. A variação de paladares e de tonalidade, desde quase incolor a castanho-escuro, resultam do tipo de floração onde as abelhas recoletam os néctares. O pólen, conhecido como “o pão da abelha” e a geleia real são subprodutos da colmeia com valor nutricional reconhecido, apresentados ao consumidor de variadas formas. Igualmente a própolis, constituída por ceras e resinas e que tem como função a calafetação e contrariar o desenvolvimento de microrganismos na colmeia tem utilização em preparados com benefícios demonstrados em diversas enfermidades. Por fim a cera de abelha é valorizada pelas várias utilizações possíveis sendo a mais comum como matéria-prima das velas decorativas. Não sendo considerados subprodutos, as diferentes toxinas do veneno das abelhas, nomeadamente a apitoxina têm sido objeto de investigação nomeadamente na modelação do sistema imunitário com aplicações promissoras em oncologia.

A relevância económica da apicultura é largamente ultrapassada pela importância do papel das abelhas nos ecossistemas. O símbolo dos antigos impérios egípcios associado à ressurreição tem através dos tempos o seu lugar de destaque na natureza assegurando a polinização imprescindível à produção de 52% dos vegetais consumidos pelos humanos.
Nas últimas décadas, a industrialização da agricultura com recurso a agroquímicos, as extensões de monoculturas e a preferência por variedades comerciais de abelhas têm vindo a comprometer seriamente a estabilidade das colónias. Os decréscimos nas populações registados mostram uma tendência preocupante que terá de ser contrariada com maior consciência ambiental, eficácia das medidas de proteção e com a continuação do investimento na investigação desta espécie.

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