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Semana Mundial para a Sensibilização da Resistência aos Antimicrobianos
Durante a Semana Mundial para a Sensibilização da Resistência aos Antimicrobianos (RAM) [World Antimicrobial Resistance Awareness Week – WAAW], a DGAV em colaboração com os/as alunos(as) do 3.º ano da Licenciatura de Audiovisual e Multimédia, da Escola Superior de Comunicação Social (ESCS), desenvolveram uma campanha sob o lema “Qual é o melhor remédio?” como parte integrante de um projeto curricular. Deste modo, foi integrada uma comunidade mais jovem nas propostas de sensibilização para problemáticas ao nível do interface humano-animal-ambiente, promovendo o seu envolvimento em questões de importância universal.
Ao encerrar esta semana de enorme importância para a sensibilização da Resistência aos Antimicrobianos (RAM), é importante realçar o impacto atual desta problemática global, para que os esforços de consciencialização não se cinjam apenas a uma semana anual, mas que possam ser diariamente expandidos para uma colaboração alargada a todas as escalas.
A WHO inclui a RAM entre as dez principais ameaças à saúde mundial. Estima-se que a resistência aos antibióticos tenha sido diretamente responsável por 1,27 milhões de mortes a nível mundial em 2019 e contribuído para 4,95 milhões de mortes. Em 2050 os especialistas preveem um total de 40 000 mortes por ano devido a infeções que outrora eram facilmente curáveis.
Esta problemática impacta, concomitantemente, o desenvolvimento económico e a equidade nas sociedades. O Banco Mundial estima que a RAM pode resultar em custos adicionais nos cuidados de saúde de mais ou menos mil milhões de euros até 2050, em perdas entre, aproximadamente, 1 e 3,1 mil milhões de euros/ano de PIB até 2030, além de impelir mais 24 milhões de pessoas para a pobreza extrema. Apesar de afetar transversalmente diferentes países de rendimentos distintos, a pobreza e a falta de higiene agravam substancialmente a Resistência aos Antimicrobianos.
Adicionalmente, as más condições de saneamento, as águas residuais e efluentes associados a sistemas de resíduos humanos e animais impactam também a evolução desta problemática.
É imperativo reconhecer que a RAM requer uma ação urgente e imediata para salvaguardar a capacidade de tratamento de doenças nos humanos e nos animais; sendo igualmente importante nas questões da segurança alimentar, no apoio a um desenvolvimento económico próspero e igualitário, na proteção do ambiente e da biodiversidade e para a prossecução dos objetivos de desenvolvimento sustentável da agenda 2030.
Todos juntos, vamos: Educar. Mobilizar. Atuar já!
23 de novembro 2024