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Animais de ProduçãoPerguntas frequentes

O que precisa de saber sobre a Gripe Aviária

É uma doença das aves causada por um vírus que pode afetar tanto aves domésticas como aves selvagens. Estes vírus transmitem-se com muita facilidade entre as aves e podem dar origem a surtos de grande dimensão, causando prejuízos muito grandes para o setor da avicultura.

A primeira deteção em Portugal da gripe aviária na sua forma mais grave, chamada gripe aviária de alta patogenicidade (GAAP), ocorreu no final de janeiro de 2017, numa ave selvagem testada ao abrigo do Plano de Vigilância da Gripe Aviária da DGAV. Esta ave, uma garça-real, encontrada morta na zona do Ludo, Loulé, estava infetada com um vírus do subtipo H5N8. No que se refere às aves domésticas, o primeiro foco de infeção por vírus da GAAP, subtipo H5N1, foi confirmado a 30 de novembro de 2021 numa capoeira doméstica em Palmela. Desde então, têm sido detetados vários focos desta doença, tanto em aves domésticas, quanto selvagens. Para mais informações sobre estes focos, consulte a nota técnica disponível em: https://www.dgav.pt/wpcontent/uploads/2022/02/PT_NotaTecnicaGAAP.pdf

Frequentemente, a gripe aviária de alta patogenicidade causa a morte súbita das aves afetadas. Além disso, podem ocorrer os seguintes sinais clínicos: apatia muito evidente, dificuldades respiratórias, cristas arroxeadas, penas eriçadas, corpo em bola.

Os bandos infetados podem apresentam quebras no crescimento ou na produção de ovos, diminuição da ingestão de água e de ração e aumentos acentuados e súbitos de mortalidade.

O contacto com aves selvagens infetadas é a principal fonte de infeção para as aves domésticas. Os vírus da gripe aviária podem também ser disseminados indiretamente através de mãos, roupas, calçado, objetos, equipamentos e rodados de viaturas contaminados.

Existem muitos subtipos de vírus da gripe aviária e nem todos são transmissíveis aos seres humanos. Por exemplo, o subtipo H5N8, encontrado na garça-real referida na questão 2, não tem capacidade para infetar seres humanos. Outros subtipos, como o H5N1, podem ser transmissíveis a pessoas, mas para que isto aconteça é necessário que ocorra um contacto direto e estreito com as aves doentes. O vírus não é transmissível às pessoas através do consumo de carne de aves e de ovos.

A DGAV implementa rotineiramente uma série de medidas para monitorizar a doença e evitar a sua entrada em Portugal, como por exemplo:

  • Mantém um sistema de vigilância para monitorizar a circulação de vírus, em aves domésticas e selvagens, e dispõe de um plano de contingência para responder eficazmente a qualquer suspeita e/ou confirmação de doença;
  • Proíbe a importação de aves e seus produtos de quaisquer regiões ou países onde existem focos de doença;
  • Fiscaliza os pontos de entrada (portos, aeroporto e postos de fronteira terrestre);
  • Divulga informações sobre a doença para o setor avícola e para população;
  • Promove ações de formação para atualização de médicos veterinários e outros profissionais ligados à avicultura.

O Tremor Epizoótico (TE) ou Scrapie (na língua inglesa), é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, fatal, que afeta ovinos e caprinos.
Existem duas formas da doença, o TE Clássico e o TE Atípico.

TE ClássicoTE Atípico (NOR98)
– Pequenos ruminantes entre 2 e 5 anos de idade.
– Vários animais afetados no rebanho.
– Pequenos ruminantes com idade
superior a 5 anos (média 6,5 anos)
– Um ou dois animais afetados por
rebanho
Qualquer época do ano, situações de stress podem desencadear a manifestação
dos sinais clínicos (ex. época de cobrições e de partos)

O TE Clássico parece ser transmitido da ovelha para o borrego, antes e/ou após o parto. A via exata e o tempo de infeção não são conhecidos, mas estudos recentes demonstraram que a proteína priónica alterada acumula-se na placenta.
Atualmente sabe-se que o TE Clássico pode ser transmitido das ovelhas aos borregos através do leite ou colostro.
Existe também transmissão horizontal, provavelmente através de placentas infetadas, que contaminam as pastagens e as instalações, em virtude da elevada resistência do agente na natureza.
Relativamente ao TE Atípico, a proteína priónica tem sido apenas detetada no sistema nervoso e a forma de transmissão não é ainda conhecida.
Várias hipóteses têm sido colocadas: Doença espontânea ou fracamente transmitida entre animais, visto que o número de casos por rebanho é menor que no TE clássico.


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